Transtorno de Personalidade Borderline e a Cannabis Medicinal
O transtorno de personalidade borderline (TPB) afeta cerca de 6% da população mundial, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Porém, estudos comprovam que o tratamento com CBD pode acarretar na redução dos sintomas e melhora significativa da qualidade de vida dos pacientes.
Transtorno de personalidade borderline
Caracterizamos o transtorno de personalidade borderline ou limítrofe pela hipersensibilidade nos relacionamentos interpessoais, instabilidade na autoimagem, oscilações acentuadas de humor e impulsividade. Além disso, estudos apontam que ele é mais prevalente em pessoas do sexo feminino.
No entanto, ele pode afetar homens também. Identificado como um dos distúrbios mais prejudiciais, pode resultar em episódios de autolesão, consumo abusivo de substâncias e até agressões físicas, por exemplo. Aproximadamente 10% dos indivíduos afetados chegam a cometer suicídio.
Tratamos esse transtorno por meio da prescrição de medicamentos antidepressivos, estabilizadores de humor e ansiolíticos, recomendados pelo psiquiatra. Além da parte medicamentosa, é muito importante ter um suporte psicológico contínuo para a realização de psicoterapia, auxiliando o indivíduo na gestão de suas emoções, controle do humor, relações e outras áreas da vida afetadas pelo transtorno.
Tratamento com cannabis
O CBD se tornou uma opção terapêutica muito eficaz, devido às suas propriedades neuroprotetoras e antipsicóticas. Estudos pré-clínicos sugerem que os canabinoides, atuando nos receptores CB1 e CB2, podem mitigar a neurodegeneração, reduzindo danos oxidativos e excitotoxicidade.
Assim, o CBD desempenha um papel relevante na modulação do sistema endocanabinoide, contribuindo para estabilizar o humor e diminuir sintomas psicóticos, o que é essencial para tratar o borderline. Da mesma forma, o CBD pode elevar os níveis de anandamida, associada ao controle do humor, proporcionando uma abordagem terapêutica inovadora.
Estudos
Recentemente, um estudo feito por pesquisadores do Reino Unido e da Colômbia comprovou a eficácia e segurança da Cannabis para tratar os sintomas do transtorno. O tratamento convencional conta com o uso de medicações que, quando comparadas com o canabidiol, contam com efeitos colaterais adversos.
